Surgida no início do século passado na França e estudada na
década de 30 nos Estados Unidos e no Brasil, essa terapia foi retomada e
popularizada em meados de 1980, pelo médico e defensor da prática, Dr. Luiz Moura,
que por esse motivo teve seu registro cassado pelo Conselho Regional de
Medicina do Rio de Janeiro CREMERJ.
Baseado em relatos desse corajoso profissional, a prática
consiste na retirada sanguínea de uma
veia periférica do próprio indivíduo, em certo volume, de acordo com a
gravidade patológica,voltando a injetá-lo,por via intramuscular ou
subcutânea(braço ou nádegas). O sangue aplicado no músculo é identificado pelo
organismo como um corpo estranho, induzindo o sistema imunológico a produzir
quantidades expressivas de macrófagos (células responsáveis pela defesa do organismo).
Contudo, ainda não há comprovação científica que demonstre eficácia
e segurança pelos defensores do método.
Conforme a legislação brasileira, unicamente o especialista
em Hematologia ou Hematoterapia (ou a entidade profissional devidamente
reconhecida para este propósito pelo Sistema de Saúde), poderá
responsabilizar-se pelos procedimentos hemoterápicos. O Conselho Federal de Medicina brasileira impede
que os profissionais da classe exerçam essa
prática por não ser considerada um tratamento médico comprovado. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA ), o Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo e a Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (FMUSP ) consideram que a auto-hemoterapia apresenta
riscos à saúde. A não comprovação de indicadores é um dos motivos que a ANVISA, no Brasil, considera a auto-hemoterapia uma violação sanitária e em virtude disso
submete os atraídos à Prática (intensa ou passivamente) às punições previstas
em lei.
Contrariamente e esta posição, os adeptos da auto-hemoterapia alegam o desinteresse da
comprovação científica pelos órgãos
competentes pela consequente lesão financeira das indústrias farmacêuticas pois
a terapia dispensaria a grande dependência medicamentosa .
Observa-se que são necessárias providências das autoridades,
visando resolver a situação, que até
então tem trazido prejuízos à população
defensora ativa da auto-hemoterapia.
Fonte de Pesquisas:
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